FIERGS projeta crescimento de 3,2% para o Brasil e de 4% para o RS em 2021

A palestra sobre Perspectivas Econômicas 2021 esteve a cargo do economista-chefe da FIERGS, André Nunes de Nunes, e foi realizada, no dia 11 de dezembro, de forma on-line, contemplando associadas e filiadas ao SINDIMETAL RS.

Com a grave crise da pandemia em 2020, que deverá provocar uma queda de 4% no PIB brasileiro e de 6,8% no gaúcho, a perspectiva é para as atividades econômicas estarem normalizadas no País entre março e abril de 2021, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). A expectativa foi revelada antecipadamente, no dia 08 de dezembro, durante a entrevista coletiva Balanço 2020 e Perspectivas 2021, apresentada por transmissão on-line, na FIERGS, cujas informações foram reproduzidas neste evento, organizado pelo SINDIMETAL RS.

Como consequência, para o próximo ano, a projeção é de crescimento de 3,2% para o PIB do Brasil e de 4% para o do RS, mas que na realidade ainda são insuficientes para recuperar as perdas. O setor industrial puxou o serviço e a recuperação do PIB no País, no terceiro trimestre deste ano. A indústria de transformação cresceu 23% e a indústria como um todo, 14%, para o PIB conseguir subir 7,7%. Isso mostra que a indústria de transformação é o setor mais rápido para ajudar na retomada.

Apesar de a dívida pública ter crescido demais durante 2020 em função da crise, o auxílio emergencial criado pelo Governo Federal alcançou 67,8 milhões de brasileiros, ajudando a retomar a economia e evitando problemas sociais graves, como uma população sem recursos para subsistir. A expectativa é que 2021 seja efetivamente, bem melhor do que foi 2019, pois 2020 não pode ser objeto de comparação. No próximo ano, as reformas para acertar o País e melhorar sua atividade deverão ser intensificadas.

RETOMADA – Segundo a Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da FIERGS, a queda do PIB mundial chegará a 4,4% em 2020, afetado por uma crise profunda por conta da necessidade de distanciamento social. Esse fato provocou um choque negativo na oferta, pois a produção de bens e serviços teve de ser paralisada, causando um efeito dominó, derrubando a demanda, o preço dos ativos e os investimentos. A contração do PIB brasileiro foi recorde no primeiro semestre de 2020: -11%.

O terceiro trimestre, porém, mostrou uma forte reação, com mais de 7% de aumento. “É uma retomada em V bem clara. A crise provocou impacto nas atividades industriais entre março e abril, com quase 30% de recuo. Agora, já está 0,2% acima do nível pré-pandemia no Brasil”, explicou o economista-chefe da FIERGS lembrando o fato de o Rio Grande do Sul, que está 0,3% acima do nível anterior ao da pandemia, ter sido prejudicado também pela estiagem, com perdas de 41% na soja e 32% no milho, por exemplo.

Nunes observou que a pesquisa Sondagem Industrial de novembro, realizada pela FIERGS, revelou que 45% dos empresários gaúchos acreditam em uma normalização da atividade ainda no final do primeiro trimestre de 2021, e 55% esperam aumento da demanda nos próximos seis meses.

No encerramento do evento, o diretor Executivo, Valmir Pizzutti, agradeceu a tradicional parceria com a FIERGS, enfatizando que todos estavam aguardando este momento, em que o economista André sempre pontua aspectos relevantes relacionados a economia mundial, igualmente com destaque no Brasil e no Estado. “Segundo André, a expectativa é que, ao final do primeiro trimestre do próximo ano, deve estar normalizado o nível de estoques e insumos, que tanta preocupação tem causado em 2020”, argumenta Pizzutti. “Encerramos este ano tão difícil, com esperanças renovadas. Que possamos retomar este evento ao final de 2021, de forma presencial”, conclui.

Fonte: FIERGS

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