Importância do associativismo

As indústrias no Brasil, independente do porte, já vinham sofrendo um processo acelerado de desindustrialização e a situação se agravou muito ante a crise econômica e política que se instaurou no País.

O excesso de carga tributária, em torno de 36%; o câmbio valorizado; a infraestrutura deficiente; a escassez de mão de obra qualificada; a concorrência com produtos importados, principalmente asiáticos; a insegurança jurídica; o excesso de leis; a burocracia elevada; o desinteresse da sociedade pela indústria são alguns dos muitos fatores que prejudicam o crescimento da indústria e do próprio País.

Superar contextos desafiadores e fortalecer a indústria nacional não é tarefa fácil. Em momentos como este, o associativismo surge renovado, como instrumento de apoio e promoção do desenvolvimento para as indústrias. Para isso é indispensável a unificação de forças em prol de interesses comuns, ou seja, a participação ativa das empresas junto às entidades associativas.

As organizações se tornam mais fortes na medida em que usufruem do associativismo para articularem e definirem estratégias de atuação coletiva.   Existem várias associações com diversos objetivos imprescindíveis para a evolução da sociedade, pois disseminam o pensamento coletivo, unindo forças para alcançar seus resultados, sejam eles políticos, culturais, sociais ou econômicos.

A maior prova de que unindo forças alcançamos nossos objetivos ocorre através das parcerias firmadas entre o SINDIMETAL, FIERGS, CNI, CONTRAB, sistema “S” e IEL, apresentando uma série de oportunidades de crescimento e aumento da competitividade. No entanto, o empresariado deve ficar atento e se tornar participativo junto à entidade.

As alianças estratégicas promovem maiores chances de sucesso, que as probabilidades que os associados individualmente teriam, porém falta, muitas vezes, a iniciativa dos empresários em realmente atuar ativamente em prol de todas as indústrias.

Estamos habituados a remediar situações para sobrevivência de nossas organizações, com pensamentos muitas vezes individualistas. No entanto, temos o SINDIMETAL lutando por nossos interesses de forma estratégica, visando o bem coletivo da indústria. Porém, para atingirmos resultados positivos, é necessária a participação ativa das empresas.

Em um País como o Brasil, onde a presença do governo é fortemente perceptível na condução das dinâmicas do mercado, usando para isso de políticas monetárias, fiscais e trabalhistas, o associativismo empresarial se fortalece, procurando em suas ações influenciar essa intervenção. A luta pela política para intervir e liderar o processo de tomada de decisão sob o aparato estatal ocorre, muitas vezes, via associação-governo. Ou seja, as associações empresariais facilitam a representação dos setores do empresariado junto ao governo.

Reforçamos que a participação ativa dos industriais é imprescindível para o enfrentamento de tempos difíceis. Está na hora de pararmos de nos lamentar, sermos proativos e mudarmos a história da indústria no Brasil.

Por isso, participe! Este é um bom caminho para enfrentar um mundo que seguramente ainda presenciará muitas crises, as quais serão superadas com maior desenvoltura por pessoas com visão cooperativista e associativa.

“Quanto mais forte e representativo for o movimento empresarial, maiores são as chances de chegarmos a um cenário mais favorável aos negócios”, diz o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

Daiane Schmidt e Marcelo Mariani
Comitê Desenvolvimento de Lideranças 1
Artigo publicado no Espaço SINDIMETAL 60

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