Associativismo, esta ideia precisa de um empurrão

Estamos vivendo um período no Brasil de muitas situações adversas, difíceis, revoltantes e, como pudemos ver em acontecimentos recentes, até mesmo perigosas. As muitas restrições esdrúxulas, para a prática do empreendedorismo no nosso País, e a morosidade inacreditável dos governantes em promover o equilíbrio saudável no ambiente empreendedor, tornam o empresário uma espécie de super-herói ou um lunático por continuar a acreditar que a situação em que o País se encontra irá mudar para melhor.

Por outro lado, diante da situação citada, se encontram muitas empresas mórbidas perante as dificuldades impostas. Passivas diante dos ataques diretos ao empresariado, não se veem como possuidoras de um poder imenso nas mãos. Segundo o SEBRAE, os pequenos negócios geram mais de um quarto de toda a riqueza do País, sendo responsável pela existência de 52% de todo emprego de carteira assinada. No Brasil são quase nove milhões de micro e pequenas empresas. Nenhum governante poderia ignorar as pressões realizadas por essas empresas unidas, se estivessem unidas.

Em uma era de globalização e informatização, onde o compartilhamento é o grande valor admirado, as redes de contato sendo imprescindíveis para o estabelecimento profissional, onde a tecnologia tem sido explorada, inclusive em meios pouco convencionais, as indústrias têm experimentado uma transformação forçada, gerando muitos impactos positivos e também negativos. No meio dessa ‘bagunça’ se encontram muitos empresários ou executivos, acuados, não conseguindo entender a dinâmica dessa nova era, muito menos acostumados a tanta informação e transformação.

Diante desses três cenários apresentados, podemos perceber de forma mais nítida a grande importância que o associativismo pode ter nas operações empresariais. Sindicatos patronais, entidades de classe, confederações, associações têm justamente o objetivo de representar, desenvolver e reunir as empresas de determinada região para que juntas possam compartilhar informações, se desenvolver, expressar suas necessidades e anseios, e ser representadas diante de uma instituição governamental, que exige tempo, paciência e burocracia para ouvir as pressões de muitas empresas unidas.

O compartilhamento de informações, conhecimentos e processos entre empresas, pode ser a chave para o retorno ao crescimento, para o aproveitamento desta onda tecnológica a favor e benefício do empreendimento privado. As redes de contato, ou sociais, se bem usadas, podem gerar grande valor ao produto e à instituição. Muitas vezes não são as ações altamente complexas e caras que são necessárias, mas são as ações simples que podem dar rumo e força à organização, que estava perdida e atolada. O compartilhamento e aprendizado são somente obtidos através de contatos, através da união de forças e inteligências. Sozinhos até podemos ir mais rápidos, mas juntos podemos ir mais longe.

Matheus Wondracek
Grupo Desenvolvimento de Lideranças – Turma 2
Artigo publicado no Espaço SINDIMETAL 62

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