Participação do empresariado para uma indústria mais forte

Neste ano, o SINDIMETAL finalizou a revisão do seu Planejamento Estratégico, onde ficou evidente a preocupação com a sustentabilidade e a representatividade da entidade. Muito se discutiu sobre o papel do sindicato, bem como de que maneira é possível auxiliar as empresas a ampliar os seus mercados e a sua produtividade, tornando-se, assim, mais competitivas.

Estes assuntos são fundamentais e de extrema relevância para que as nossas indústrias se fortaleçam e permaneçam no mercado. Em 2019, o SINDIMETAL promoveu diferentes ações com ênfase nestes temas. Porém, destaco outros dois pontos, que também foram incluídos no Planejamento Estratégico. São eles: participação do empresariado e atração da mão de obra jovem para a indústria.

Em 2010, foi criado um grupo para o desenvolvimento de lideranças, pois já estava evidente a carência de líderes em diferentes segmentos. O SINDIMETAL, com uma visão inovadora, investiu fortemente neste tema. Naquele momento, foi reforçada a necessidade do pensamento associativo, que permeou diversas agendas e momentos de qualificação. Agora este assunto volta com força, na revisão do Planejamento Estratégico.

É fundamental a participação dos empresários com pensamento associativo. Não podemos continuar dividindo a sociedade e os empresários. Estamos vivendo anos muito difíceis. Para conseguirmos passar por este período e ficarmos fortes no futuro, precisamos unir forças. Somos gaúchos e temos o hábito de dividir, como diz um amigo empresário, temos o hábito da “grenalização”.

Temos que somar, pois somos todos brasileiros e a grande maioria está sofrendo muito com o estrago ocorrido na economia, nos últimos anos. Para a indústria voltar a ser exitosa no País, temos que unir forças, pensar juntos de forma associativa. Isto só vai acontecer com a participação efetiva dos empresários, trazendo ideias, discordando e somando com vistas a alcançarmos um novo patamar de desenvolvimento.

Outro aspecto bastante relevante é a atração da mão de obra jovem para a indústria. Este tema teve uma semente plantada em 2013, no Desenvolvimento de Lideranças (DL1), por ocasião de uma capacitação realizada junto à entidade. Naquele momento, os empresários falavam sobre a falta de interesse do jovem em trabalhar na indústria, bem como a baixa qualificação da mão de obra.

A partir deste ano, este tema foi incluído no Planejamento Estratégico. Inclusive, formou-se um grupo específico para discutir o assunto e realizar ações a respeito das possibilidades, que agreguem valor e contribuam para avançar, neste quesito. Muito já se trabalhou e discutiu a respeito. Foram convidadas pessoas especializadas na área da educação, que contribuíram para auxiliar o grupo a compreender melhor o tema, bem como onde atuar para melhorar a qualidade da mão de obra.

O escopo de trabalho está em fase final e algumas questões ficaram claras. Mais uma vez precisamos do envolvimento e da participação do empresariado, cobrando uma educação de qualidade. Além disto, é necessário apoiar entidades, que estejam de fato preocupadas com o assunto, como é o caso do SESI, que vem realizando um trabalho fantástico junto as suas escolas de Ensino Médio e, também, em conjunto com o Estado do RS e alguns municípios.

Outro aspecto de extrema relevância é a necessidade das empresas se adaptarem ao novo mundo, que inclui tecnologia e mais agilidade nas decisões. O jovem precisa ser atraído para este universo, pois somente assim desejará trabalhar na indústria.

Os desafios são grandes. Temos muito trabalho pela frente. Mas acreditamos que unindo forças e valorizando o pensamento associativo, com certeza, teremos um ano de 2020 cheio de oportunidades e muito crescimento!

Sofia Copé Heller Michel
Vice-Presidente do SINDIMETAL RS
Artigo publicado no Espaço SINDIMETAL 79

Compartilhe nas redes sociais!