ESG

Já não é mais novidade que o tema ESG e Sustentabilidade tem se tornado cada vez mais falado no mundo corporativo. O ESG consiste em considerar fatores ambientais, sociais e de governança para avaliar o quão avançados estão, os países e empresas, em termos de sustentabilidade.

Em linhas gerais, a dimensão ambiental contempla temas como gestão de resíduos, água, efluentes, mudanças climáticas, energia e biodiversidade. Já a dimensão social, considera aspectos de saúde e segurança, diversidade e inclusão e relacionamento com partes interessadas, enquanto a dimensão de governança aborda temas como ética e combate à corrupção.

Cada vez mais estudos têm demonstrado que empresas que apresentam padrões consistentes de sustentabilidade têm seu custo de capital reduzido, melhor desempenho operacional e desempenho superior baseado em valor de mercado.

Larry Fink, CEO da Black Rock, uma das principais empresas de gestão de ativos e investimentos do mundo, também já vem afirmando em suas cartas anuais aos CEOs sobre a relevância da sustentabilidade para os negócios. Na sua última edição ele afirma que empresas que não se adaptarem a essa nova realidade ficarão para trás, independente do setor onde atuem. Também afirma “que as empresas têm melhor desempenho quando entendem seu papel na sociedade e agem no interesse de seus funcionários, clientes, comunidades e acionistas”.

Para as empresas que estão embarcando nessa jornada, trazendo de uma maneira geral e prática, enxergo que o primeiro passo é mapear suas partes interessadas, levantar junto a elas quais são os temas mais relevantes associados ao seu negócio, definir planos e metas para atacar as questões mais críticas relativas às questões ambientais, sociais e de governança e por fim, acompanhar e reportar periodicamente os avanços.

No contexto nacional, o SEBRAE tem disponibilizado modelos de diagnósticos e cursos gratuitos para ajudar empreendedores a entenderem em qual nível de maturidade estão em relação às práticas e como podem implementar as questões relativas ao ESG em seus negócios.

Também acredito que as lideranças que não estejam atentas ao tema ESG em suas carreiras perderão espaço no mercado de trabalho. Nesse sentido, tem-se falado acerca do conceito de líder sustentável. Em uma entrevista à CBN, Ricardo Voltolini, Consultor Master em ESG, comenta sobre as competências que um líder sustentável precisa desenvolver para se adaptar a essa nova realidade. Dentre elas destacam-se as seguintes habilidades: escuta ativa, perfil ético, visão holística do negócio, liderança inclusiva e voltada para o desenvolvimento das futuras gerações.

Por fim, reforço a fala inicial acerca da importância de entender em qual nível de maturidade ESG a sua empresa e líderes se encontram e de traçar planos e metas para garantir avanços consistentes. Os desafios da agenda são gigantescos, mas trata-se de uma realidade onde questões ambientais, sociais e de governança moldarão um futuro mais próspero, digno e sustentável.

Acesse neste link, material complementar sobre o assunto.

Jean Carlo Peluso
Vice-presidente do SINDIMETAL RS

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