Cenários e perspectivas econômicas em pauta no SINDIMETAL

Dirigida a empresários e gestores das empresas associadas e filiadas, o SINDIMETAL promoveu na sua sede no Centro das Indústrias, em São Leopoldo, nesta segunda-feira, dia 19 de junho, a palestra Cenário Econômico Atual, em parceria com a FIERGS. Ao cumprimentar os participantes, o presidente da entidade, empresário Sergio Galera, saudou a presença do economista-chefe do Sistema FIERGS, Giovani Baggio, que recentemente assumiu a respectiva função. “O cenário é difícil e muda rapidamente, mais um motivo para acompanharmos as notícias com um profissional atento ao mercado”, afirmou Galera.

O economista contextualizou sobre a conjuntura econômica internacional, nacional e regional, assim como os cenários e perspectivas para as variáveis macroeconômicas mais relevantes. As principais ações e medidas dos primeiros meses do atual Governo Federal também foram analisadas, com muita propriedade.

A inflação começou a ceder no mundo, mas segue em patamares elevados, citou Giovani. “A taxa de juros nos Estados Unidos avançou para o maior patamar, desde 2007; os juros devem ter mais uma alta e começar a cair somente em 2024”.

Nos próximos dois meses, o índice acumulado, em 12 meses, deve continuar sua trajetória decrescente, afirmou o economista. A partir de agosto, já deve ser observado um movimento contrário. Experiências passadas demonstram ser um mau caminho iniciar cortes nas taxas de juros enquanto o processo de desinflação não estiver sedimentado, analisa.

EXPECTATIVA DE MERCADO – Com relação à taxa Selic, em novembro do ano passado, mesmo com a definição das eleições no Brasil, as expectativas apontavam que o corte se iniciaria em junho deste ano. Atualmente, analisa o economista, o mercado espera início do ciclo de cortes em agosto deste ano. A Unidade de Estudos Econômicos – UEE/FIERGS, no momento, acredita que o ciclo de cortes inicie em novembro.

Existe um impacto duplo na indústria do Estado. O custo de crédito para capital de giro e investimentos e o fato de ser grande produtora de bens de capital. Com isso, a atividade industrial do RS está com dificuldade, pois os estoques de produtos acabados estão distantes do nível planejado pelas empresas. Também há uma queda na confiança dos empresários industriais e igualmente na intenção de investimentos.

Segundo o economista, os principais problemas da Indústria, no início de 2023, apontam para a demanda interna insuficiente; taxas de juros altas, assim como elevada carga tributária; falta de capital de giro; falta ou alto custo da matéria prima; falta ou alto custo de trabalhador qualificado; além da insegurança jurídica, entre outros aspectos. A Reforma Tributária deve ser prioridade, com foco na simplificação e na redistribuição da carga entre os setores. A boa notícia é que, nos últimos sete anos, foram promulgadas diversas reformas, que ajudaram a melhorar o ambiente de negócios e expandir o PIB potencial do País.

Ao encerrar o evento Galera agradeceu a participação de todos ressaltando que neste ano o economista-chefe da FIERGS retornará ao SINDIMETAL RS, para novos e importantes esclarecimentos na área econômica.

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Jornalista Neusa Medeiros – Assessora de Imprensa | Edição 3 Comunicação Empresarial

Fotos: Divulgação SINDIMETAL RS

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