Cenário da indústria e perspectivas futuras
Estamos passando por um turbilhão de mudanças, onde é urgente repensar etapas, muitas vezes desafiadoras, para vivermos a esperança ativa, propulsora, que nos impulsiona a avançar na vida pessoal e no mundo empresarial.
O futuro chega mais rapidamente para as empresas que conseguem explorar o potencial dos seus processos. Sendo assim, as melhorias na cadeia produtiva estão no topo dos desafios da indústria.
Aumentar a produtividade das empresas através da digitalização tem inspirado o Brasil a questionar e lentamente modificar os atuais processos empresariais. O novo cenário tem sido desafiador para o País e para nossa região, que necessita se desenvolver e crescer com rapidez. Por isso, independente do setor ou do porte da empresa, estamos sendo cada vez mais instigados na indústria a investir no presente para colher logo, logo, no futuro.
A integração dos processos através da automação e a expansão das redes de comunicação têm otimizado ideias e impulsionado as empresas a viverem o mundo digital de forma rápida e certamente sem volta.
O investimento na digitalização dos processos permite avançarmos no tempo, desafiando a nossa indústria. Estamos sendo impactados pelos desafios da chamada Indústria 4.0, que na realidade questiono para chamar de Empresa 4.0, pois a integração e a aplicação devem ocorrer em todas as áreas, em todos os processos e não somente objetivar a área industrial.
Entre os desafios encontra-se a necessidade de investir e aprimorar ainda mais as áreas de pesquisa e desenvolvimento, para avançarmos na indústria inteligente. Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com 2.225 empresas, sendo 910 pequenas, 815 médias e 500 grandes, 42% desconhecem a importância das tecnologias digitais para a competitividade da indústria e 52% não utilizam nenhuma tecnologia digital de uma lista de 10 opções. Na outra ponta, em países onde a Indústria 4.0 já está num nível mais avançado, é possível observar reduções nos custos e aumento de produtividade.
EM MOVIMENTO – Para que o Brasil, o RS, e a nossa região sejam mais competitivos globalmente é preciso desenvolver e ousar na integração completa de processos. Aumentar a capacidade produtiva, para sobrevivermos a esta avalanche de mudanças, bem como a participação econômica do mercado industrial brasileiro no mundo. Tudo isso com uma política séria e tributos justos.
Vivemos numa era em que temos acesso a todos os mercados; onde é possível dialogar de diversas formas, consolidando parcerias estratégicas. Isto é significativo para o crescimento e o desenvolvimento de toda a economia, pois permite a troca de experiências. Esta soma de públicos, onde o associativismo também está presente, é essencial uma vez que favorece a apresentação de novas ideias e parcerias, como tem ocorrido entre grandes empresas e startups. Para avançarmos, cabe reconhecer os diferentes públicos, que vão desde empreendedores, aceleradoras, incubadoras, pesquisadores, acadêmicos, associações e representantes do governo. É fundamental que a troca de experiências avance e possa transformar com mais velocidade, visando a inovação e o crescimento da indústria.
Interagir, compartilhar oportunidades de negócios, se relacionar e levantar a bandeira do empreendedorismo nos coloca em movimento, nos desacomoda. Unir todos os esforços e utilizar os recursos disponíveis também no mundo digital poderá ser o combustível necessário para alcançarmos um mesmo ideal. Não tenhamos receio do novo. Ele nos desafia e nos rejuvenesce, pois permite sair da “zona de conforto”, pularmos para “fora da caixa” e assim descobrir que podemos desempenhar novos e desafiadores papeis.
“Menos discursos, mais execução, menos reuniões, mais ações, menos sonhos, mais realidades, menos ontem mais amanhã!”
Arno Tomasini
Vice-Presidente do SINDIMETAL RS
Artigo publicado no Espaço SINDIMETAL 76